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URBAN MAGICK – Como a antiga religião pode ser praticada em tempos modernos?

É bem comum, ver pessoas caindo no erro de pensar estarem desconectadas da natureza por não fazerem caminhadas em florestas, por não frequentarem parques ou irem a praia aos fins de semana. Muitas até mesmo, constrangendo-se ou sentindo como se estivessem praticando a magia de forma errada. De fato, você não precisa estar na selva, muito menos precisa viver com os dois pés no passado para dizer-se praticante de magia. É claro que todo este contato com a terra, torna tudo mais místico e possui sua própria beleza e charme, mas isso não é uma obrigação, muito menos uma regra aplicada para todos.
 
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Existe muita magia nos lugares urbanos também, desde o zumbido da eletricidade que percorre toda a cidade pelo fios de energia, até os sons emitidos pelo uivo dos ventos, correndo pelas ruas de pedra. Você já percebeu como é mágico estar cercado por livros? Agora imagine o quão poderosa é uma livraria e o quanto de magia está guardado lá somente esperando para ser descoberta? Cada página, está cheia de seus antepassados espirituais, assim como a terra que você pisa, e os espíritos das bruxas que vieram antes de você, cada letra escrita pode lhe sussurrar grandiosos  segredos.
 
Computadores, celulares e tablets, possuem um incrível poder de conexão, como nenhum outro veículo de comunicação unindo uma imensa quantidade de bruxas e ampliando o cenário pagão mundial. A magia se adaptou a internet, de forma que hoje em dia pequenos encantos são transmitidos em mensagens, como se fossem passadas em pergaminho, e feitiços diversos são compartilhados em uma grande e invisível teia que liga os quatro cantos do planeta Terra.
 
Em resumo, a Bruxa Urbana não tem compromisso nenhum em sustentar  a imagem campestre da antiga bruxa. Ela se conecta a terra por meio das ervas que compra em feiras e mercados, assim como das plantas e flores que cultiva em pequenos vasos, terrários e jardins suspensos. Por meio de torneiras, chuveiros e um mergulho na praia no fim de semana ela se conecta ao elemento água. Por meio de micro-ondas, lâmpadas, fogão e pela energia elétrica sente o calor do elemento fogo. E por fim, ventiladores, ar condicionado, perfumes e sinos dos ventos trazem a conexão com o elemento ar!
Buscar os deuses onde os demais desistiram de procurar, e encontra-los de uma nova, viva e moderna maneira, vivenciando os elementos e experimentando os ciclos da natureza dentro da metrópole, é ir além do padrão de receitas, sobrepondo-se ao convencional e transformar-se num elo vivo entre o passado e o futuro… Honrando os que já se foram e abrindo caminho aos que ainda virão!
 
Texto por @b.r.u.x.e.d.o (instagram)

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